No começo, quando Grossos era conhecido por ilha de Grossos, este setor era conhecido como coqueiral. Algumas pessoas que chegavam na cidade já tinham como referencia os coqueirais ou como era conhecido os coqueiral, diziam que iam morar ou moravam no coqueiral. Mas logo o nome coqueiral foi substituído por Coqueiros e logo depois ficou Bairro coqueiro. As pessoas que chegavam para fazer suas barracas derrubavam os coqueiros, comiam seus frutos e usavam a madeira como suporte das próprias barracas, que logo depois eram substituídos por grandes carnaúbas na construção de casas de taipas.
Portanto, o nome coqueiros se deu naturalmente por esta região apresentar muitos coqueiros, planta da família das palmeiras, esta tem como fruto o coco. O valor nutritivo do coco varia de acordo com seu estado de maturação, apresentando de maneira geral bom teor de sais minerais (Potássio, Sódio, Fósforo e Cloro), e fibras, importantes para o estímulo da atividade intestinal. O coco realça o sabor dos alimentos, sendo excelente no preparo de bebidas, pratos doces e salgados, substituindo com vantagem nozes e amêndoas nos diferentes tipos de receitas.
O coco verde possui maior quantidade de líquido que o maduro e tem polpa tenra, sendo muito apreciado como bebida, já a poupa do maduro é muito usado no preparo de cocadas e doces em geral . O coco maduro também é contra-indicado à pessoas com problema cardíaco e que tenham alta taxa de colesterol no sangue. Daí surge a velha frase que água de coco é “soro” natural. O coco seco é muito utilizado no preparo do peixe cozido, comida típica de nossa cidade.
Neste bairro tão popular de nossa cidade, já moraram Miguel Erasmo, Manoel Erasmo e dona Eliza Mendes, todos poetas imortais. Eliza Mendes era mais conhecida como Eliza de Cuca, Cuca era seu pai.
Os carnavais eram marcados pela presença marcante dos blocos: Centenários, Guarani e Beija-fror.
Neste bairro o que mais marcou, onde até hoje ainda se usa essa referencia, era o bar de seu Antonio do caldo, este nome se deu ao próprio caldo, que ele preparava para tira a ressaca do outro dia, novidade na época.
Na programação dos finais de semanas, era uma parada certa o bar do CBA, onde as pessoas se divertiam aos sons da velha vitrola a disco vinil. Porem esta só funcionava ate as 22:00 horas, pois esta era a hora que a energia era desligada em toda a cidade, sem falar na constante falta de energia diariamente, no período de inverno era um terror, bastava cair uma neblina pra logo faltar energia. Isto aconteceu por volta 70 a 1975.
Outra grande diversão e encontro de dezenas de pessoas desse bairro se davam em frente à TV pública, que ficava na praça publica José Ferreira de Albuquerque, hoje essa praça foi totalmente arborizada através do bloco Coco- Maluco, grande atração nos carnavais de nossa cidade.
Eu sou um já quase morador dos coqueiros, por diversos motivos, mais sem duvida esse bairro é um dos mais encantadores de Grossos, com seu povo peculiar, cativa quem passa por la, por isso, que vivo la.
ResponderExcluir