Um imperador chinês, da dinastia Tang, queria saber se no seu império havia coisas belas pra ele apreciar, então chamou Bão Luó, um de seus melhores artistas e ordenou que saísse pelos domínios de seu império e retratasse as coisas mais belas que pudesse encontrar pelo caminho, para isso o imperador deu ao artista somente uma prancha quadrada.
Apesar da dificuldade da proposta, Bão Luó não hesitou, pois desrespeitar um pedido do imperador era sinônimo de desgraça e morte certa. Bão Luó saio pela China afora, para tentar cumprir seu destino. As coisas ficaram mais difíceis quando ao tentar atravessar um riacho, ele tropeçou e caiu, quebrando a prancha em sete pequenos pedaços.
Imediatamente Bão Luó tentou desesperadamente reuni-los e após muitas e muitas tentativas, ele percebeu que, a cada uma delas, ao arrumar as peças, conseguia formar uma figura diferente. Após alguns dias de viagem, Bão Luó voltou para o império para mostrar toda beleza do império ao seu imperador.
Na presença do imperador, em vez de escrever o que tinha visto, ele falava e mostrava as figuras de animais, casas, arvores, rios, etc.
Assim o imperador ficou tão maravilhado com a criação de Bão Luó, que criou uma disputa entre os artistas, premiando a quem criasse mais figuras com as sete peças. Bão Luó não participou, ele foi premiado pela criação.
Assim é o tangram - que originou-se no nome Tang – um quebra-cabeça formado por sete peças com formas geométricas bem conhecidas. Sua idade e inventor são desconhecidos. Os chineses o conhecem por “Tch´i Tch´iao Pan”, ou simplesmente “Sete Tábuas da Habilidade”.
Enquanto a maioria dos quebra-cabeças são compostos por um grande número de peças, com formas complicadas e arrumadas num único caminho, o tangram, com apenas sete peças, permite um extraordinária variedade de caminhos para compor as figuras, deixando livre a habilidade de cada um.
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