domingo, 22 de agosto de 2010

Pernambuquinho - Sua história, minhas raízes

Uma das mais antigas comunidades do nosso município, talvez tenha tido sua origem antes mesmo da cidade de Grossos. Seus primeiros habitantes foram escravos fugitivos que se esconderam em Alagamar do Caboclo e que depois percebendo as condições apropriadas para viver, mudaram-se para a então praia. Os ciganos nômades também tiveram uma presença marcante no surgimento da comunidade, foram eles que deram o nome Pernambuquinho à então praia parasidiaca. O nome Pernambuquinho está relacionado a uma embarcação pesqueira vinda do estado de Pernambuco e que devido a um problema na proa e os fortes ventos do período em questão, encalhou na praia.Os moradores chamaram essa praia de "Praia do pernambuquinho" e com o tempo, essa praia passou a ser chamada somente de Pernambuquinho e permanece até hoje.
A comunidade era pagã, até que missionários do interior do estado começaram pequenas missões e logo depois construiu-se um Cruzeiro ( onde hoje é a "croa da praia"), neste eram celebradas missas e essas realizavam-se uma vez por ano, quando os missionários vinham a essa região, tudo isso ocorreu no final do século XIX ( 1801) e início do século XX (1900). 
Tanto os nômades como os que vinham nessas missões ao perceberem as boas condições de vida em Pernambuquinho, logo construíram pequenos casebres de pau-a-pique cobertas por palhas de coqueiros. Nessas "casas" costumavam ter um pote para guardar água, um fogão a lenha feito de barro no canto da cozinha e uma mesa feita de carnaúba ou uma esteira de palha de carnaúba onde faziam suas refeições. A primeira família a povoar a praia foi a de Mendonça, sendo até hoje a família mais numerosa da comunidade.
As roupas nesse tempo eram feitas de sacos de açúcar que eram adquiridos em armazéns na Ilha das Maritatacas ( Areia Branca).
Para chegar até Areia Branca, os moradores de Pernambuquinho caminhavam cerca de meia hora pela praia até onde hoje é Barra, entravam no mangue - quando o rio estava seco - até uma canoa que fazia a travessia do rio para o outro lado. A noite a iluminação era fogueiras e com o tempo vieram os lampiões.
Pesquisa feita pelos alunos:
  • Francisco Andrey Oliveira - Morador de Pernambuquinho e estudante da E. E. Cel. Solon
  • Antonia Mônica Ferreira dos Santos - Moradora da Barra e estudante da E. E. Cel. Solon


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