sábado, 27 de novembro de 2010

Walfredo Gurgel x Flaviana Jacinta

As condições críticas de funcionamento do Pronto Socorro Clóvis Sarinho e Hospital Walfredo Gurgel chegaram ao limite do caos ao longo desta semana. Déficit financeiro, falta de  materiais de uso e consumo e mão de obra  insuficiente para atender à alta demanda diariamente, fazem parte da realidade do maior complexo hospitalar de emergência do Rio Grande do Norte. “É a pior situação já vivida pelo hospital em 30 anos”, analisa a diretora geral, Hélida Bezerra.
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Essa notícia extraída do jornal Tribuna do Norte me fez lembrar quando no ano passado tive que passar 5 dias em Natal participando do Gestar e um dos meus colegas passou mal e tivemos que levá-lo as pressas para o hospital Walfredo. Pensei comigo mesmo, aqui o atendimento deve ser muito melhor, afinal estamos na capital. Pura ilusão, ao acompanhar o colega já dentro do hospital, percebi o mundo que nunca tinha conhecido, um mundo que Grossos já mais viu, nem na época em que o hospital SOS foi interditado pela Vigilância Sanitária era parecido com o que vir. Pessoas sendo diagnosticadas nos corredores, macas por tudo que é lado com pessoas tossindo, escarrando, gemendo, chorando, algumas desoladas em um canto, outras tomando soro, tomando sangue, um odor forte de medicamento, vozes por tudo que é lado - como muita gente conversando no mesmo lugar -, ambulância do Samur chegando com feridos e saindo para pegar mais, enfermeiros discutindo sobre a falta de leitos. Tudo isso fiquei observando em pé por falta de espaço ao lado do colega enquanto este tomava um soro sentado em um "banquinho". Na saída, duas horas depois, eu disse a ele: "Amigo, graças a Deus eu moro em Grossos".

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