sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pastoril nos Coqueiros

Em meados da década de 60, no bairro dos Coqueiros havia um pastoril que pertencia à família dos Tavares que se chamava “O Salinista”. O pastoril ficava próximo onde hoje mora Raimundo de André e em frente à Praça dos Coqueiros. Conta-se que certo dia de pastoril – lembrando que essa festa era tida como é hoje um clube, em finais de semana – iniciou-se uma discórdia entre Sebastião Joaquim e Chico Tavares (filho de Zé Tavares), o motivo da briga foi causado por uma morena de Areia Branca que passava pelo local. Em meio à discórdia e como o salão estava muito cheio, iniciou-se o lançamento de tamboretes – principal assento da época, feito de madeira – e mesas, além de cacetes e facas – como era comum na época. Conta-se que um dos tocadores – Cancoca – que tocava o cavaquinho, após levar uma tamboretada foi embora e fez a seguinte música;
Fui dançar no salinista, tive medo quando cheguei lá.
Vi uma briga de tamborete, neste meio tinha cacete.
Resolvi logo a voltar, lá só da zuada e cachaça.
Surge desgraça pra quem for lá.
Os bebos andam de fecho que só parece caranguejo quando anda atar.

Por: Miguel Erasmo Filho

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