domingo, 29 de novembro de 2009

Poesia Também é Matemática


Penta Brasil

Ó pátria amada, idolatrada.
Ó país continente.
Com tantas terras desocupadas.
És conhecido como penta mundialmente.

País gigante, mãe gentil.
Hoje venho lhe perguntar.
Para que ser penta Brasil,
Se não temos nem onde morar?

És belo, e forte, colosso Brasil,
Pentacampeã foste lá no Japão.
Mas é de nós que sois mãe gentil
Brava gente, sem terra, educação e pão.

Brasil terra idolatrada, terra amada.
De quem eu insisto em indagar.
Para quem de fato foste penta?
Para os famintos ou para aqueles que desviam verbas para o champanhe e o caviar?

É Brasil, és penta, pentacampeão.
Penta inflação, penta educação, penta saúde, penta miséria, penta...
O pior, é que temos a certeza que amanhã poderemos ser hexa.
E que ironia, justamente aqui, no Brasil.

Ronaldo Josino

sábado, 28 de novembro de 2009

Poesia Também é Matemática


Minha terra

Minha terra não tem palmeiras onde canta o sabiá, mas em minha terra tem coqueiros e carnaúbas onde a graúna e o anum catam lá.
Minha terra não tem rios ou lagos de agua doce para se beber, mas é cercada de água salgada para se banhar e fazer chover.
Minha terra não tem grandes plantações de cana que geram o branco açúcar para se adoçar, mas minha terra tem as grandes salinas que geram o alvo sal para gosto dar.
Minha terra não tem grandes florestas, tidas como patrimônio nacional ricas em árvores como os bambus, palmitos, a sequóia ou mesmo a seringueira que a borracha dar, mas tem a caatinga que alem de varas dar, o tatu, o peba, o Tejo, a cobra, o camaleão, a nambu e até um tal de preá.
Minha terra não tem indústria pesqueira, onde se comercializa o atum ou o bacalhau, mas na minha terra tem-se um rio de água salgada e qualquer um vai ali com uma rede ou uma vara e pesca, o bagre, o sôar, a saúna, a tainha, o coró, o vermelho, a cururuca, o judeu, a cara-peba, a arraia, o sururu, o caranguejo e outros tantos que cita-los faz até mal.
Na minha terra não tem plantações de trigo, café, soja ou mesmo maracujá, mas se chove, plantamos: feijão, batata, macaxeira, melancia, melão, milho de maneira que todos comem seu mungunzá.
Na minha terra não tem o trem bala ou o metrô para se viajar, mas por aqui todo mundo se conhece e uma carona na moto, carro ou mesmo carroça, ninguem vai negar.
É, é verdade, realmente em minha terra não tem palmeiras onde canta o sabiá, mas tem o mangue que além de ser o berço do mar, tem um canário que canta e que nem ele outro não há.
Minha terra é Grossos, este é meu lá, aqui mim criei, aqui eu vivo e aqui hei de min enterrar.

Prof. Ronaldo C. Josino

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Poesia Também é Matemática





P de pescaria

Paquete Possante, Poderoso,

Pescaria Pacienciosa

Profetizadamente Penosa

Proposição. Pego Pacaia.

Planejo Pedaços Pitu

Pendo Profundo

Palpito Pegar Profícuo Peixe.

Pacientemente Pernoito.

Previsivelmente Pego Peixes.

Poucos Pescados.

Pacamom, Pescada, Pampo, Pemo. Pargo.

Pus Pacará.

Potente Poderosa Puxada,

Peguei Parum Pesado Pançudo.

Pescaria Perfeito.

Proa Posicionada

Pousada, Palhoça.

Providencio Prato Periférico

Passo Punhal Pontudo Podando.

Parto Pedaços Pequenos.

Pico Papilionáceas,

Preparo Poupa Palmeira,

Por Pura Pressa, Ponho panela Pressão.

Preparo Paçoca.

Ponho Porções.

Penúria Pança

Paladar Pleno

Passo Pra Perto

Parte Preferida.

Preiteio Pasmo

Pintura Próspera.

Penso Positivo

Período Pendente

Proveitoso Presente

Pai Perfeito.

Passadio Pronto,

Prole Pactuada,

Preceituo Permissão

Para Papar.

Pancada Porta

Penetram Pátria

Parentes Presentes.

Pobreza Proeminente

Porem Possuo Profusão.

Parem Parentela.

Pousem,

Provem,

Prazeroso,

Predileto,

Pirão.

Prof.Ronaldo josino

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Conto, também é matemática



O canto da flauta mágica

O irapuru

O irapuru é um dos menores pássaros da floresta amazônica e sem qualquer cor que chame atenção. Comparado ao esplendor dos papagaios e dos tucanos, pode se considerado até feio. Mas, em compensação, possui uma voz incomparável. Canta apenas quinze dias ao ano, por não mais de cinco minutos, somente durante o tempo de nidificação. Seu gorjeio acontece já ao alvorecer, quando todos os demais passarinhos estão ainda dormindo. Sua voz, bela e triste, penetra longe pela mata afora. Por que o irapuru gorjeia com tanto sentimento? Os índios Tupi encontraram uma explicação.

Havia na tribo um jovem que tocava maravilhosamente flauta. Apelidaram-no até de Catuboré, que significa “a flauta mágica”. Não era um jovem bonito, nem tinha especial charme. Mas por causa dos sons melodiosos de sua flauta era cobiçado por quase todas as moças casadouras. No entanto, somente a simpática Mainá conseguira conquistar seu coração. Marcaram o casamento para a primavera, quando na mata florescem as quaresmeiras roxas e amarelas e os fedegosos se enchem de vermelho.

Mas aconteceu uma tragédia. Certo dia, Catuboré, o “flauta mágica”, saiu para a pesca num lago, distante da maloca. Escureceu e ele nada de chegar.

Mainá e suas amigas passaram a noite em claro, com o coração apertado de preocupação e de maus pressentimentos. No dia seguinte, a tribo inteira se mobilizou, procurando-o por todos os caminhos. Finalmente, não muito distante do lago, encontraram o “flauta mágica” morto e enrijecido, ao pé de uma grande árvore. Logo entenderam: uma serpente venenosa lhe havia picado mortalmente a perna.

Todos choraram copiosamente, de modo especial Mainá e as moças que tanto apreciavam os sons maviosos de sua flauta. Mas como estavam distantes da maloca e quase todos estavam ali presentes, resolveram enterrar Catuboré ali mesmo, ao pé da árvore que assistira à sua morte.

Mainá, quando a saudade batia mais forte, vinha com suas amigas chorar sobre a sepultura do amado. Passaram-se várias semanas e a saudade e as lágrimas não diminuíam.

A alma de Catuboré, vendo a tristeza da namorada, não conseguia também ficar em paz. Chorava junto e lastimava o seu infortúnio. Pediu, então, ao espírito da mata que o transformasse num pássaro, mesmo que fosse pequenino e feio, contanto que fosse cantador, capaz de consolar Mainá.

E foi transformado, então, no irapuru. Ele é parecido com Catuboré, pois não tem especial beleza, mas canta como ninguém na floresta, num som semelhante ao da sua flauta.

Hoje, tanto tempo depois, o irapuru continua a cantar, embora apenas ocasionalmente. Mas quando entoa seu canto belo e triste, todos os animais se sentem atraídos uns pelos outros, começam a namorar e a se beijar. Os demais passarinhos que também cantam e gorjeiam, respeitosos e atentos, se calam completamente. Só se escuta a voz dolente do irapuru, consolando sua amada.

Leonardo Boff.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Matemática doente na linguagem do dia-a-dia


Outro dia eu estava em um supermercado, junto a uma prateleira de cereais quando ouço uma senhora ao meu lado dizer para sua companheira: - Olha aqui, o preço deste leite é R$ 6,00, enquanto lá em fulano - não quero aqui fazer propaganda - é R$ 3,00. A outra companheira de imediato concluiu: - Pois, é, lá custa 2 vezes menos. Agora analizemos a questão, será que é 2 vezes menos mesmo. Veja bem, se custasse 1 (uma) vez menos já não custaria nada. Então custando 2 vezes menos, eu pegaria o produto, sem pagar nada e ainda pediria o troco é ou não é. O correto é dizer que na loja que custa R$ 3,00, custa a metade, ou ainda que na loja que custa R$ 6,00, custa o dobro da outra. Então caro leitores, cuidado com os erros de portugues na matemática, ou como diria o professor Pasquale Cipro Neto, com os erros de "Portumática"

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quadrados Perfeitos


Em uma de minhas aulas no 7º ano fundamental, falando sobre números ímpares, pares, primos, perfeitos e quadrados perfeitos, pedir para meus alunos exercitarem um pouco, conseguirem pra mim, alguns quadrados perfeitos partindo de divisões, pegassem números grandes e verificassem se eles eram ou não quadrados, minha intenção aqui não era encontrar quadrados perfeitos – pois para isto bastava multiplicar um número por si próprio – mas sim, a pratica da divisão, já que esta é um dos grandes problemas de nossos alunos.
Alguns minutos depois alguns apresentaram vários números quadrados perfeitos, porém teve um que me apresentou uma relação entre os quadrados perfeito que me surpreendeu, não que fosse uma descoberta, mas sim, a surpresa foi para a observação e reflexão do aluno, coisa rara entres nossos alunos do fundamental, lembrando também que para mim ou qualquer matemático ou mesmo aqueles que se atrevem a ensinar matemática sem ser licenciado na área, não foi uma novidade, porém para ele – o aluno – foi.
- olhe aqui professor, que coisa interessante. Disse ele.
- se eu pegar 1 + (2+1) = 4 que é um quadrado perfeito; a partir deste basta somar ao acréscimo que fiz ao primeiro (1),isto é, a 2+1, dois (2) e somar o resultado ao proprio quadrado para encontrar o quadrado seguinte; ou seja:
1 + (2 + 1) = 4
4 + (3 + 2) = 9;
9 + (5 + 2) = 16;
16 + (7 + 2) = 25;
25 + (9 + 2) = 36;
36 + (11 + 2) = 49
49 + (13 + 2) = 64
64 + (15 + 2) = 81
81 + (17 + 2) = 100 e assim por diante.
Não é legal professor? O senhor sabia disso?
Para não tirar o brilho dos seus olhos, eu respondi: Não, olha aí cara, legal, tente encontrar outras relações entre outros números.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A morte de Amadeu


Entra um rapaz no ônibus, muito espantado, respirando fundo, como se tivesse visto alma e diz para o primeiro que se encontra sentado na poltrona:
-- Rapaz, houve um acidente de carro ali, na Avenida Alberto Maranhão e morreu um pedestre de Grossos.
-- Que é isso homem, quem era?
-- Rapaz sei não, mas ele tinha cabelos grisalhos, mais ou menos, um metro e sessenta e, pelo que mim disseram, ele trabalhava na prefeitura.
Em poucos minutos, no ônibus que já se dirigia à Grossos, era só o que se comentava. Em duas poltronas, duas senhoras glosavam com muito pesar:
-- Pobre coitado, talvez tenha vindo a Mossoró só resolver um problema e talvez muier, nem tenha resolvido. E a família, quando souber, hem?
-- Né não muier. Coitados, ficam aguardando ele chegar e quando chegar é num caixão.
A segunda puxa um lenço do bolso, levanta o óculo e limpa uma lágrima que rolou, apesar que ninguém ver lágrima. A outra imita o gesto, talvez por cumplicidade.
Todos no ônibus estão comovidos, faz-se um silencio, o que se ouve são apenas o som dos pneus do veículo e o do vento sendo cortado pelos vidros das janelas, talvez cada um esteja imaginando na pergunta que está no ar, na pergunta nevrálgica. Quem é que morreu afinal?
De repente um senhor sentado no banco de traz do ônibus exclama em voz alta:
-- Hei, espere um pouco, a pessoa de cabelos grisalhos, mais ou menos um metro e sessenta, que é funcionário da prefeitura, veio conosco e não esta aqui, é; fez um suspense enquanto todos lhe dirigiam os olhares; AMADEU!
Uma moça no banco da frente, de imediato toma um susto e cai numa choradeira de dá pena:
-- Não, não, papai não, por favor meu Deus, meu pai não...!
Alguns tentaram logo acalenta-la, um senhor sentado ao lado na outra fila, bebendo uma água mineral, cuida logo de oferecê-la um copo, enquanto que outros já se aproximam para dar suas respectivas condolências.
O ônibus segue sua trajetória como faz todo santo dia, com exceção dos domingos. Em seu interior, não se ouve palavra alguma, só os soluços de umas quatro senhoras ao redor da jovem que já se encontrava nesse momento mais tranqüila, pois já lhe tinham dado um calmante. Cá pra nós, não sei de onde tiraram este comprimido tão rápido, mas também compreendo que nessas horas de aflição, as coisas difíceis são as mais fáceis.
Aproximadamente 12h00min, hora em que o ônibus vai chegando ao término de sua escala, onde não tem parada fixa, pára toda vez que passa em frente à casa de algum passageiro, estes por sua vez, ao passar pela jovem, mais uma vez dão-lhes seus pêsames, a jovem já dopada, aperta as mãos e os passageiros descem.
Lá traz, dois senhores comentam:
-- Quando será o enterro, hem?
-- Acho que ainda hoje, pois morreu agora de manhã,
-- É mesmo, talvez lá pras três ou quatro horas da tarde, você vai?
-- Vou, Amadeu era um bom homem, um cara legal, sempre via ele ali pela prefeitura.
-- Ele trabalhava em que mesmo, hem?
-- Sei não, só sei que era na prefeitura, e nos ajudava muito ali no caixa do banco, sempre que precisei, chamava ele...
O ônibus vai de cidade adentro, passa pela igreja e pára, desce uns dois e segue.
A cidade está um pouco agitada, os poucos passageiros que ainda restam no ônibus logo concluem que todo mundo já sabe. Mais uma parada, em frente ao “sacolão”, enquanto desce um passageiro, outro que está na janela, ouve a conversa de dois garotos ao lado do ônibus:
-- Vamos jogar bola André? Aproveitar que hoje não tem aula.
-- Vamos. Mas quem primeiro forma a barra é eu, a bola é minha.
Ao ouvir essa conversa, ele conclui:
-- Garotos arrogantes, sem educação, nem respeitam mais uma pessoa que morre, as escolas liberam para irem ao enterro e em vez disso, vão é jogar bola. Quero saber o que eles vão fazer todo santo dia nos colégios, eu lá confio mais nessas escolas de hoje em dia!
Um outro senhor na poltrona à frente deste comenta:
-- É assim mesmo, fazer o que? São os dias de hoje, no meu tempo não era assim não, não mesmo.
Pedro Maia, passando no carro de som, anuncia:
-- É hoje, neste sábado, matinê com Tony Dilmar no bar Antonio de Massa, na comunidade da Valência, imperdível.
O ônibus da a partida e segue, agora vai passando em frente ao bar Hollyood, quando um rapaz muito espantado sentado em uma das poltronas do meio, põe a cabeça pra fora da janela e quase gritando diz:
-- Olha lá, no bar, Amadeu tomando cerveja!
Mais tarde, já em casa, uma das passageiras houve uma notícia no rádio, no mínimo interessante:
-- Morreu hoje, logo cedo, vitima de atropelamento, um cidadão que ainda não foi identificado, sabe-se apenas que tinha um metro e sessenta, cãs grisalhos, de meia idade e era da cidade de Caraúbas. No que ela reclama:
-- Por favor, alguém desligue esse rádio, pelo amor de Deus, estou morrendo de dor de cabeça. Seu pai então conclui:
-- Deve esta passando o efeito dos tranqüilizantes que você tomou.
Uma coisa deve-se tomar como lição nessa historia toda; nunca devemos tirar conclusões precipitadas com nada que ouvimos ou vemos. Tem um ditado que diz assim: devemos sempre duvidar do que vemos e nunca acreditar fielmente no que ouvimos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fórmula de Bhaskara


(-b ±√∆)/2a onde ∆ = b^2 - 4ac
O hábito de dar o nome de Bhaskara para a fórmula de resolução da equação do 2º grau se estabeleceu no Brasil por volta de 1960. Esse costume, aparentemente só brasileiro (não se encontra o nome de Bhaskara para essa fórmula na literatura internacional), não é adequado pois:
Problemas que recaem numa equação do segundo grau já apareciam, há quase quatro mil anos, em textos escritos pelos babilônios. Nesses textos o que se tinha era uma receita (escrita em prosa, sem uso de símbolos)que ensinava como proceder para determinar as raízes em exemplos concretos com coeficientes numéricos.
Bhaskara que nasceu na índia em 1114 e viveu até cerca de 1185, foi um dos mais importantes matemáticos do século 12. As duas coleções de seus trabalhos mais conhecidas são Lilavati ("bela") e Vijaganita ("extração de raízes"), que tratam de aritmética e álgebra, respectivamente, e contêm numerosos problemas sobre equações lineares e quadráticas (resolvidas também com receitas em prosa), progressões aritméticas e geométricas, radicais, tríadas pitagóricas e outros.
Até o fim do século 16 não se usava uma fórmula para obter as raízes de uma equação do segundo grau, simplesmente porque não se representavam por letras os coeficientes de uma equação. Isso começou a ser feito a partir de François Viète, matemático francês que viveu de 1540 a 1603.
Logo - embora não se deva negar a importância e a riqueza da obra de Bhaskara -, não é correto atribuir a ele a conhecida fórmula de resolução da equação do 2º grau.
Tirado do Livro:Explorando o Ensino vol. I

Para alunos do 9º ano

01 - Para alimentar 12 coelhos durante 20 dias, são necessários 400 kg de ração. Com 600 kg de ração ao longo de 24 dias, será possível alimentar quantos coelhos?

02 - Uma indústria fornece refeições aos empregados. Um balanço drevela que 100 funcionários alimentados durante 10 dias custam à empresa R$ 1. 600,00. Qunto custará as refeições para 150 funcionários durante 22 dias?

03 - Em 6 dias, foram necessárias 60 pessoas para empacotar 1080 brinquedos para o Natal. Se fosse preciso empacotar 720 brinquedos em 8 dias, quantas pessoas seriam recrutadas para o trabalho?

04 - Dois amigos resolveram fazer uma longa viagem de automóvel de São Paulo a uma cidade do Nordeste brasileiro. Ricardo, que já havia feito a viagem, disse que rodando uma média de 60 km/h, tinha levado 6 dias para completar o percurso. Anderson comprometeu-se a dirigir 9 horas por dia a uma velocidade média de 80 km/h. Se Anderson for dirigindo, quantos dias eles levarão para chegar à cidade de destino?

Leis matematicas ajudam a provação da existencia de Deus

Os argumentos abaixo foram expressadas por Cressy Morrison: Cientista, ex-Presidente da Academia de Ciências de Nova York.

Ainda estamos no amanhecer da era científica, e todo o aumento da luz revela mais e mais a obra de um Criador inteligente.
Nós fizemos descobertas estupendas; com um espírito de humildade científica e de fé fundamentada no conhecimento estamos nos aproximando de uma consciência de Deus.

Eis algumas razões para minha fé: Através da lei matemática podemos provar sem erro que nosso universo foi projetado e foi executado por uma grande inteligência de engenharia.
Suponha que você coloque dez moedas de um centavo, marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada. Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o bolso. Matematicamente sabemos que:


- a chance de pegar a número um é de um em dez;

- de pegar a um e a dois em seqüência é de um em 100;

- de pegar a um, dois e três em seqüência é de um em 1000 e assim por diante;

- sua chance de pegar todas as moedas, em seqüência, seria de um em dez bilhões.
Pelo mesmo raciocínio, são necessárias as mesmas condições para a vida na Terra ter acontecido por acaso:

- A Terra gira em seu eixo 1000 milhas por hora no Equador; se ela girasse 100 milhas por hora, nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa vegetação de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que sobrevivesse.

- Novamente o Sol, fonte de nossa vida, tem uma temperatura de superfície de 10.000 graus Fahrenheit, e nossa Terra está distante bastante para que esta “vida eterna” nos esquente só o suficiente! Se o Sol desse somente metade de sua radiação atual, nós congelaríamos, e se desse muito mais, nos assaria.

- A inclinação da Terra a um ângulo de 23 graus, nos dá nossas estações; se a Terra não tivesse sido inclinada assim, vapores do oceano moveriam-se norte e sul, tranformando-nos em continentes de gelo.

- Se nossa lua fosse, digamos, só 50.000 milhas mais longe do que hoje, nossas marés poderiam ser tão enormes que duas vezes por dia os continentes seriam submergidos; até mesmo as mais altas montanhas se encobririam.

- Se a crosta da Terra fosse só dez pés mais espessa, não haveria oxigênio para a vida.

- Se o oceano fosse só dez pés mais fundo o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida vegetal não poderia existir.

É perante estes e outros exemplos que não há uma chance em um bilhão que a vida em nosso planeta seja um acidente.
É cientificamente comprovado o que o salmista disse: “Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos.

Fonte: Guia.heu

Um brinquedo chamado espirógrafo



Um brinquedo em forma de régua que permite a construção de curvas de formatos variados costuma aparecer nas lojas com frequencia de despertar a curiosidade de todos. Geralmente, tem uma régua larga com janelas circulares dentadas de tamanhos variados, acompanhada por várias rodas menores, também dentadas. Cada roda dentada possui vários furos para entrada da ponta de um lápis ou caneta. Esse tipo de régua costuma se chamado de espirógrafo e as versões mais simples são muito baratas, podendo, às vezes, ser encontradas em camelôs. Sua utilização consiste em introduzir a ponta de um lápis em um dos furos da roda dentada e ir girando-a por dentro da janela circular da régua sem deslizar, até fechar a curva. É incrível a variedade de curvas que se pode obter. Algumas parecem rosáceos, outras assemelham-se a estrelados e outras lembram novelos de linha. Para cada tamanho e cada furo da janela ou da roda obtém-se uma curva diferente. Canetas de diversas cores podem ser usadas para embelezar os desenhos obtidos. É um estimulador da criatividade, útil para o desenvolvimento da coordenação motora. Além disso, permite exercitar de forma recreativa diversos temas relacionados com as funções trigonométricas.
As curvas construídas com o espirógrafo são conhecidas pelo nome de hipotrocóides. Justamente com outras curvas de construção assemelhadas, essa família de curvas vem sendo estudada desde o século XVII e despertou a atenção de cientistas brilhantes como Galileu, Newton e Bernoulli.
Revista do Professor de Matemática-60

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Equação do Amor

Em uma escola, como qualquer outra, havia dois jovens um rapaz e uma moça que se gostavam mais por serem timidos tinham vergonha de se encontrar e falar cara a cara. Essa menina e uma moça estudiosa que adorava matematica e o rapaz não gostava tanto assim.
Sabendo disso a moça criou uma equação matematica, escreveu-lhe a em um papel e deu ao rapaz, assim ele ficou sem saber fazer a equação e então começou a estudar estudou como um louco, e no final de tudo a resposta da equação era "TE-AMO". 

A equação era:        

X (AM + BC)    =   AM  -     B C T E   
X + BCO                            BCO +X 

Agora tente responder sem ver a resposta

...
...
...
...
...

Respondeu?
Abaixo a sua resolução:




X (AM + BC)    =   AM  -     B C T E  
     X + BCO                        BCO +X
 
Primeiro multiplica-se a incógnita X pelos termos de dentro do parênteses:
AMX + BCX = AM  -       BCTE   

    X + BCO            BCO + X


Agora, vamos tirar o minimo multiplo comum dos denominadores, mas neste caso X+BCO é igual a BCO+X, então o MMC é o proprio X+BCO. Depois é so igualar os denominadores:

AMX + BCXAM(X + BCO) -     BCTE  

  X + BCO     X + BCO     X+BCO

 
Como os denominadores são iguais podemos eliminá-lo e aproveitamos e resolvemos a multiplicação:
AMX + BCX  = AMX + ABCMO – BCTE
 
Passamos todos os termos que possuem X (a incógnita) para a primeira parte da equação (trocando os sinais):
AMX + BCX – AMX = ABCMO – BCTE
 
Os termos AMX se anulam, e podemos por em evidência BC na segunda parte da equação:
BCX = BC (AMO – TE)
 
Passando BC dividindo temos o resultado, o valor da incógnita que procurávamos:
 X=AMO-TE
OU
X=TE-AMO


domingo, 15 de novembro de 2009

Entrevista a Maria Oliveira







No dia 16 de junho de 2009, os alunos da escola municipal Sagrado Coração de Jesus, em apoio a um projeto feito pela disciplina de Matemática, “Minha Terra, Minha História”, entrevistou a cidadã Maria Oliveira, mais conhecida como Maria de Néo. A entrevista teve como objetivo resgatar a história política de Grossos, bem como algumas músicas das campanhas eleitorais passadas.





Minha Terra, Minha Historia: Seu nome completo?

Maria: Maria Oliveira dos Santos

Minha Terra, Minha Historia: Sua idade, se não quiser não precisa responder?

Maria: Minha idade? E eu não diria por quê? Eu não tenho vergonha meu filho, eu tenho orgulho de já ter vivido tanto, eu tenho 66 aninhos

Minha Terra, Minha Historia: De quantas campanhas a senhora já participou efetivamente?

Maria: Um número exato não sei não, só sei que já foram muitas campanhas, já vi muita gente chorar e muita gente sorrir.

Minha Terra, Minha Historia: Quantas campanhas a senhora ganhou como eleitora?

Maria: Bem, como vocês já perceberam, não sou boa em números não, mais eu sei que ganhei mais que perdi.

Minha Terra, Minha Historia: A senhora lembra-se de alguns apelidos que se davam as campanhas políticas de antigamente?

Maria: Sim, como não, se participei de quase todas, lembro da 1ª campanha de Raimundo Pereira contra Jose Marcelino, onde Raimundo ficou conhecido como o “carcará “ e Jose Marcelino era a “avoeta”. Lembro de outras, mas uma que marcou bastante foi a campanha do “Gato e o Rato”, onde Raimundo era o gato e o rato era representado por Caxica. E aí lembro de outros apelidos como: O pão e o remédio, O galeguinho dos olhos azuis, O pinto e o galo, a rosa vermelha, o gordo, em fim, foram muitos apelidos.

Minha Terra, Minha Historia: De todos esses prefeitos que a senhora já acompanhou, qual o prefeito que a senhora mais gostou?

Maria: Quanto a isso não tenho a menor dúvida, o melhor prefeito na minha opinião, foi Raimundo Pereira. Na época não tinha esse monte de verbas que vem para as prefeituras e mesmo assim, ele fez muita coisa por Grossos.

Minha Terra, Minha Historia: A senhora já se candidatou a algum cargo político?

Maria: Não, nunca me candidatei a cargo nenhum, já fui convidada, mas nunca quis.

Minha Terra, Minha Historia: A senhora lembra-se de alguma musica das antigas eleições?

Maria: Claro, pois era o que eu gostava mais de fazer. Lembro de um trecho da primeira campanha de Raimundo:

- A quatro de outubro vamos todos votar,

- Com Raimundo Pereira e João Amâncio para a eleição ganhar,

- adeus avoeta chegou a vez do carcará...

Lembro também de um trecho da música da campanha de Solon e José Mauricio, essa campanha ficou conhecida como o forasteiro e o filho da terra. Um trecho da musica era assim:

“Solon, Solon me diga como é que é, Zé Mauricio é da terra pra prefeito é que o povo quer

Solon, Solon entrou na cidade errada e por isso que já perdeu é Zé Mauricio que o povo escolheu

Minha Terra, Minha Historia:Trabalhava a onde?

Maria: Trabalhei no Colégio Prof. Manoel João, trabalhei como ASG, eu fazia a merenda dos alunos.

Minha Terra, Minha Historia: Dona Maria, a senhora já votou em algum candidato que tenha se arrependido?

Maria: Sim.

Minha Terra, Minha Historia: Pode nos dizer quem foi? Se não quiser dizer quem foi, nós entendemos.

Maria: Não, prefiro não comentar.

Minha Terra, Minha Historia: Quer dizer por quê?

Maria: Não, apenas me arrependi

Minha Terra, Minha Historia: Olhando as campanhas de hoje, há alguma coisa que a senhora gostaria de ter feito no seu tempo e não fez?

Maria: Nada, tudo que pude fazer eu fiz, não me arrependo de nada, até porque o que eu gostava de fazer era compor as musicas e cantar. Cantava e dançava.

Minha Terra, Minha Historia: Há alguma diferença entre as campanhas de ontem para as de hoje?

Maria: Na questão de amor, de vibração, de paixão pelos candidatos não tem não, a diferença é somente na questão da violência, antes quase não se falava nisso, hoje só se vê é gente brigando, chega da medo acompanhar os comícios , medo de jogarem uma pedra e pegar nas nossas cabeças.

Minha Terra, Minha Historia: O que a senhora gostaria de pedir para as gerações políticas de hoje?

Maria: Olha tem muita coisa pra ser feito em Grossos, porem se for pedir só uma, eu pediria aos prefeitos de hoje que melhorasse a limpeza publica, eu acho nossas ruas muito sujas.

Minha Terra, Minha Historia: Dona Maria, quantos filhos a senhora teve?

Maria: Cinco, morreram dois e ficaram três.

Minha Terra, Minha Historia: Um acontecimento que marcou sua vida?

Maria: Ganhei uma casa para meu filho.

Minha Terra, Minha Historia: Já se envolveu em algum acidente em alguma campanha?

Maria: sim, quebrei a munheca.

Minha Terra, Minha história: Como foi esse acidente?

Maria: Foi agora, nessa ultima campanha, eu vinha andando normalmente, mim enrosquei em um saco desses de caixa de latinhas deixado pelos vendedores e cair, mas graças a Deus fiquei boa logo.

Minha Terra, Minha Historia: Já chorou em alguma campanha?

Maria: sim, mas tive mais alegrias duque tristezas.

Minha Terra, Minha Historia: Já brigou por algum candidato?

Maria: Não, graças a Deus nunca precisei brigar, posso já ter discutido, coisa normal do dia a dia, mas brigar mesmo, nunca.

Minha Terra, Minha Historia: Diga uma frase pra encerrarmos essa entrevista.

Maria: Quero que Deus abençoe a todos vocês, estudem, pois no futuro, quem sabe não serão vocês os candidatos a prefeitos.







Entrevistadores:

Brenda Kelly

Mirley Monalisa

Cintia Kadigia

Erike Renan







Nota:

No dia 09 de julho de 2009, portanto quase um mês após esta entrevista, Dona Maria Oliveira veio a falecer, uma mulher simpática e muito querida por todos dessa cidade, todos agora percebem sua falta quando passamos em frente a sua casa no intervalo das 19:00 horas às 20:00 horas, ficava ali sentada junto com sua família e alguns amigos conversando sobre coisas cotidianas de fim de dia.

Os entrevistadores deixam aqui, uma poesia de Carlos Drummond, em homenagem a essa Legionária da Legião de Maria:





Para Sempre

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?


Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido


na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.


Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.


Carlos Drummond de Andrade