terça-feira, 11 de maio de 2010

Praia de Barrinha - CE


Outro dia fiz alguns comentários que até eu mesmo percebi que estava errado, já pedi desculpas e agora, através do Geógrafo e Pesquisador Arimatéia Silva, estou postando na íntegra, o que me foi passado pelo mesmo. Espero que agora fique tudo esclarecido.
"Vamos entender o processo das algas (que não são lodos, porque lodos são fungos) na praia da Barrinha. Aquela região tem uma formação geológica pleistocênica (chama de banco dos cajuais), que criou uma planície de maré onde a água recua mais de 3,5 km na baixamar, fenômeno impressionante no litoral brasileiro. Essa planície oferece substrato para fixação de organismos marinhos principalmente algas e fanerógamas, tornando assim, o segundo maior banco de algas do Estado do Ceará. Esse local abriga uma vasta biodiversidade e é fonte de alimentação para todo cadeia ecossistêmica e para a população da comunidade da Barrinha. Fenômenos naturais fazem com que as correntes marinhas mudem em alguns meses do ano, principalmente no primeiro semestre, arrastando grande quantidade de algas até a praia, são as chamadas algas de arribada. Essas algas entram em processo de decomposição e produzem gases como metano, enxofre entre outros, daí o mau cheiro que fica por alguns dias, depois volta tudo ao normal, e a praia fica rica em nutrientes para os planctos iniciarem a base da cadeia ecossistêmica. Vale ressaltar que esse banco de algas, gera emprego e renda para boa parte da população da barrinha, que recolhem essas algas e transformam em vários tipos de alimentos e cosméticos".
Arimatea Silva Geógrafo e Pesquisador do Manguezal da Barra Grande e Banco de Algas.

Encerro essa postagem com uma frase do próprio Arimatea: "A natureza não suja, o homem suja".

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