domingo, 27 de fevereiro de 2011

Urubu, quem é mais urubu?

Não sou urubu rei, mas reino no meu pedaço.
Não sou seboso como pensam, muito pelo contrário, tenho horror a podridão e sabendo que os humanos não tem o costume de limpar, eu mesmo faço a limpeza da natureza.
Se existe algum preconceito comigo, acho que não é por meus hábitos alimentares, pois sou eu que limpo a sujeira dos humanos e sim por minha cor, quanto a esta que me perdoem, mas Deus criou-me assim e assim serei. Vez ou outra alguém me espanta com uma pedra, mas sinto que não é de propósito, é somente falta de conhecimento e um pouco de maldade, os humanos são assim, sentem maldade em coisas que não compreendem, se for inveja, não tem problema, eu compartilho minha comida com quem desejar, é só se abaixar e meter o bico, aliás, a boca.
Enquanto não fizerem - e cá pra nós, espero que demore muito, muito tempo - uma obra na Terezinha Pereira e os humanos continuarem jogando carniças nessa rua - espero que continuem - eu estarei aqui me saboreando da ignorância dos homens.
Eu não sou urubu rei, mas aqui diante dessa ignorância, sou eu quem reina, doa a quem doer e se acharem ruim, que cuidem de suas carniças, porcos, aliás, porcos não, porcos é elogio.

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